Ele fica preso pelo destino, mas encontra a liberdade para o coração!
Edward Coffey evitava o romance desde que deixara de acreditar no amor.
Mas, quando machuca-se gravemente por causa de um bebê, e recebe os cuidados e preocupação da mãe deste pequeno cupido, seus pensamentos começam a mudar.
Agora, Edward tinha uma perna quebrada e um coração correndo perigo!
Marissa Criswell é uma mulher livre e otimista que procura seu príncipe encantado. Sabia muito bem lidar com o mau humor de Edward... e pretendia domar aquela fera selvagem.
Claro que Marissa desejava um pai para seu filho e um marido para si própria...
Capítulo Um
Pecaminoso
Foi essa a palavra que ocorreu a Marissa Criswell quando ela se esticou, toda lânguida, na esteira para tomar sol.
Mason Bridge, Flórida, final de junho... Três gloriosas semanas de dias ensolarados e mergulhos no mar. Três gloriosas semanas sem trabalhar, que seriam dedicadas à mais pura diversão.
Marissa ergueu o rosto para olhar para o filho. Nathaniel estava sentado na ponta da esteira, jogando areia nos pés dela. Os cabelos loiros dele brilhavam à forte luminosidade.
O amor aqueceu o coração de Marissa, que agradeceu aos céus por sua avó tê-la presenteado com aquelas férias. Vinte e um dias com qualidade de tempo para seu filho, isso era o melhor de tudo. Sem hospital para si, sem escolinha para Nathaniel.
Olhando ao redor, viu a multidão crescente armando guarda-sóis. Ainda era cedo, mas logo a praia estaria lotada de gente procurando alívio do calor à beira-mar.
Marissa descansou a cabeça para trás de novo e suspirou com prazer. Aquelas eram suas primeiras férias em anos. Mesmo grávida, tinha trabalhado até a véspera de dar à luz, e voltara ao serviço alguns dias depois que Nathaniel nascera.
Sua avó fizera todos os preparativos. Conseguira folga do hospital para Marissa, reservara a passagem de avião e o hotel e presenteara a neta. Foi, com certeza, o melhor presente que Marissa recebeu na vida inteira.
Percebendo que Nathaniel não mais jogava areia em seus pés, Marissa abriu os olhos, de imediato.
— Nathaniel? — ela chamou o pequeno menino, que agora estava a quinze metros de distância. — Volte aqui, querido.
Nathaniel não obedeceu. Em vez disso, levantou e afastou-se mais ainda. Logo em seguida, tornou a sentar-se no chão.
— Nathaniel! — Relutante, Marissa deixou a esteira, parando por um momento para tirar a areia do corpo.
Quando se virou outra vez para seu filho, um grito surgiu em sua garganta. Naquele exato instante ela viu o atleta, um homem com calça de agasalho, correndo em disparada e, pelo visto, não notara a criança loira em seu caminho.
O grito de Marissa saiu estrangulado, destruindo a paz da manhã. No mesmo momento, o corredor viu Nathaniel. Tentou desviar, mas a manobra não teve sucesso, pois Nathaniel levantou-se e agarrou-lhe as pernas.
O homem caiu na areia, em câmera lenta, e Marissa escutou o estrondo devido a sua queda e viu a dura pancada de sua mão batendo em um pedaço de madeira. Ele emitiu um som rouco de dor agonizante.
Nathaniel apontou para o rapaz de bruços e sorriu.
— Oh, meu Deus! — Marissa correu para até o local onde o atleta jazia, sua perna direita em um ângulo estranho que só podia significar alguma coisa quebrada. — Alguém chame uma ambulância! — pediu para a multidão, e então abaixou-se ao lado do desconhecido, que estava tentando sentar-se. — Fique deitado. Vou providenciar socorro.
Os olhos dele, azuis e brilhantes, contrastavam com a pele bronzeada. A barba escura, por fazer, junto com seus cabelos grossos e selvagens, davam-lhe o nítido aspecto de um ser à beira do abismo.
Marissa não podia ter certeza se era dor ou raiva que cintilavam naquelas pupilas, que as tornavam fria e duras como aço.
— Esse garoto tentou me matar!

